SINDICATOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DENUNCIAM SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ITABUNA E CRITICAM SILÊNCIO DO MP
Os usuários dos serviços de saúde de Itabuna e municípios pactuados estão sofrendo com a degradação do sistema na gestão do secretário municipal, Sr. Uildson.
De acordo com os dirigentes do Sintesi/Sindtae – Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e dos Técnicos e Auxiliares de enfermagem de Itabuna e Região, “em Itabuna, a secretaria municipal de saúde ainda não formulou uma estratégia de assistência para a população caso as pessoas contaminadas pelo covid19 necessitem de internamento hospitalar.
Entendendo o risco do aumento de mortes na região, “o Ministério da Saúde encaminhou um suporte financeiro de quase 9 milhões de reais ao fundo Municipal de Saúde de Itabuna para serem utilizados em um plano de ação de combate ao vírus, entretanto, o secretário Uildson não quer discutir o plano com o Conselho Municipal de Saúde e muito menos discutir como será utilizado esse dinheiro”, denunciam.
Itabuna conta apenas com dez leitos de UTIs e trinta leitos de enfermarias da Santa Casa contratados pela SESAB, os profissionais de saúde médicos, enfermagem ao pessoal que faz a higienização do ambiente hospitalar temem serem contaminados pela doença e automaticamente colocar seus familiares em riscos devido a falta de EPIs.
A portaria 774 de 9 de abril de 2020, do Ministério da Saúde que destinou o valor de 8,9 milhões para o enfrentamento da pandemia, estabelece em seu artigo segundo que: Que os recursos financeiros serão destinados ao custeio das ações e serviços relacionados à atenção primária à saúde e à assistência ambulatorial e hospitalar decorrente do coronavírus – COVID 19.
Entretanto, “o secretario cogita utilizar o recurso apenas para comprar EPIs e recuperação da estrutura física de algumas unidades básicas e diz que não repassará recursos para a Santa Casa de Itabuna, única instituição hospitalar preparada para assistir doentes contaminados pelo coronavírus”, denunciam.
Os dirigentes sindicais também lamentam a postura do Ministério Público Estadual (MP-BA). O órgão silenciou-se quanto às denúncias apresentadas pelo Conselho de Saúde, o colegiado procurou a promotoria local e não teve resposta quanto as denúncias.